terça-feira, 5 de novembro de 2013

Diário de bordo NY com a pequena: Dia 1

Quinta-feira, 15 de agosto: "Ladies and gentlemen, welcome to Jonh Fitzgerald Kennedy International Airport in New York City"... Dá até um frio na barriga ouvir essa frase!
Enfim, pousamos novamente na cidade que nunca dorme. E dessa vez, foi ainda mais especial porque trouxemos nossa pequena conosco, além, claro, de comemorarmos em NY os 40 anos do maridão.
Eu ainda não tinha entrado em detalhes sobre a viagem, então não contei que dessa vez não teve furacão e nós íamos, com muita honra, nos hospedar na casa da família Nardoni! O Rodrigo e a Elena foram muito gentis em nos convidar e, de quebra, ainda íamos rever a princesa Naya, que seria uma companhia e tanto pra Julia (e pra nós também) durante a rápida viagem.
Bem, depois que desembarcamos, foi aquela demora de sempre: a fila da imigração estava enorme e a gente perdeu aí, fácil, uns 40 minutos. Dessa vez a agente não foi simpática como na primeira. Simplesmente perguntou o que queria saber (o que estávamos fazendo ali, quantos dias ficaríamos no país e pronto). Não teve "small talk" como na primeira vez. Seguimos para pegar as bagagens. E como elas demoraram!!! Acho que foram as últimas a serem retiradas do avião. Só desembarcamos, realmente, quase uma hora e meia depois que pousamos. "OK! Estamos em mini-férias! Vamos relaxar!".
O Rodrigo, que foi nos buscar, chegou logo em seguida. Ah!!! Aqui tem parêntese. Então Abre parêntese: Se você está indo pra NY e não se sente seguro pra chegar sozinho ao hotel ou quer ter o conforto de ser deixado na porta do seu hotel e, de quebra, ainda receber dicas muito legais de alguém que mora na Big Apple há quinze anos, não pense duas vezes antes de contratá-lo para o transfer ou também, se preferir, para um tour pela cidade ou um dia de compras. Ele é dono da V.I.P Executive Transportation e tem SUVs de luxo e vans que comportam até 15 passageiros. Posso falar de carteirinha: Não tem nada melhor que chegar lá depois de uma longa viagem e ser recebida com toda pompa e, ainda por cima, ouvir New York New York quando se cruza a Ponte do Brooklyn! O contato dele está no link acima! Fecha parêntese 

Seguimos para o carro e fomos direto para o Brooklyn, onde ele mora. Da primeira vez fomos muito rapidamente ao Brooklyn para o show do The Who no Barclays Center Staduim e não vimos nada do lugar. Portanto, seria nossa estreia! Antes de irmos pra casa, um rápido passeio pela vizinhança. Inteiro, o Brooklyn tem uma popução aproxamada de 2 milhões de pessoas. Quase a mesma que BH. Mas o lugar consegue ser ainda um pouco bucólico. Ruas largas, casas enormes e lindas, predinhos de tijolinhos, um comércio fantástico.

Ele nos levou a Manhattan Beach, uma praia linda, limpa e bem cuidada, com estrutura de mesas de pic nick, quadras, playground... Lugar lindo demais!

Durante o passeio ele nos contou que grande parte das casas da orla foram atingidas pelo furacão Sandy nove meses atrás. Em algumas ainda se via marcas da destruição. Outras, seguiam em reforma. O Brooklyn foi bastante afetado pela tormenta. Mas foi legal ver que muitos tiveram força para recomeçar.

Depois do rápido passeio pela vizinhança, passamos no delicioso Cherry Hill Gourmet (1901 Emmons Ave, Brooklyn) para comprar algumas coisinhas pro café da manhã. Agora pára tuuuuuudo! QUE LUGAR É AQUELE? Sabe quando você não sabe pra onde olha e desconfia que seus dólares vão ficar todos ali, porque quer levar tudo pra casa? Quem estiver de passagem pela região eu SUPER recomendo uma visita. O Cherry Hill Gourmet é um mercado russo que tem saladas prontas, sanduíches, verduras, legumes, bebidas, frutas, flores e uma confeitaria de dar muita, mas muuuuuuuuita água na boca. 


Baba baby! Baba!



ps: não me pergunte o por que, mas eu não tirei nenhuma foto no CH. Por isso, tive que surrupiar fotos alheias na internétia, ok?

Sem contar que o lugar, em si, já é um charme, né? Compramos bagels, croissants e outros pães, suco de laranja e fomos finalmente pra casa. Já eram quase nove da manhã e a gente precisava correr logo pra Manhattan!

Chegamos em casa, comemos, tomamos um banho rápido e R U A!!! Juju estava ansiosa para a primeira atração da viagem, que ela mesma havia escolhido: Museu de História Natural. Naya, aquela lindeza, nos acompanhou e, com a amiguinha, Juju curtiu muito mais!

A tradicional foto da V.I.P Executive Transportation com seus amigos ou passageiros (ou os dois! rs)

Do apertamento do Rodrigo até a estação do trem são normalmente uns 10 minutos de caminhada. Nessa primeira vez ele nos levou. Sacamos nossos Metrocards (devidamente reabastecidos) e pegamos o trem "Q" para Manhattan. Aquilo, pra Juju, foi uma festa! Nunca andou de ônibus na vida, mas de metrô em NY já! Olha que chiqueza essa minha menina!


Descemos na estação da 81st, já bem em frente ao majestoso prédio do Museus. A princípio estávamos certos de que compraríamos novamente o NY City Pass, mas ali mudamos de ideia. Quando estivemos em NY pela primeira vez, o passe (falei dele aqui) saiu por U$69,00 e a gente conseguiu ver todas as atrações. Dessa vez, cada bichinho custava mais de U$120,00 para adultos e U$70 para criança. Mudamos de ideia e resolvemos pegar os tickets separadamente. Ficaríamos cinco dias na cidade e, certamente, não ia dar tempo de ver tudo. Agora vale a pena uma paradinha, pra explicar como funcionam os tickets pro Museu:

Cada um de nós (adultos) pagou U$27,00 porque optamos pela General Admission Plus One, ou seja: é um ingresso que dá direito a entrar em todas as áreas do museu e ainda assistir à exibição do Journey to the Stars no Hayden Planetarium. A gente já tinha ido no simulador na primeira vez e tinha certeza que Julia ia adorar. Tanto ela quanto Naya amaram!

Caso você queira visitar somente o museu, sem nenhum "penduricalho" você tem duas opções. Ou compra o "General Admission" por U$22,00 ou entra na onda do  "quépagáquanto", a tal da "suggested admission". Você paga mesmo o quanto quiser... não precisa ter vergonha (mas é bom ter bom senso!)

As outras opções são "SuperSaver Admission" (U$35,00) com direito a ver tudo o que estiver em cartaz, ou se tornar "membro", que é mais caro um pouquinho. Mais informações você fica sabendo no site do American Museum of Natural History.

Bem... ingressos na mão, lá fomos nós museu adentro.

Quando estivemos lá na primeira vez eu só conseguia pensar no quanto Juju ia curtir aquele lugar. Fizemos skype pra ela e ela viu muita coisa ao vivo, adorou. Agora eu pude ver que eu estava certa. Ela pirou nos dioramas, nas ossadas de dinossauros, no Hayden Planetarium! Ali eu pude constatar o quanto foi positivo tê-la colocado pra ver os filmes antes de viajar. Na medida em que íamos andando pelo museu ela ia reconhecendo os personagens. E nós vimos vários! Daí ela lembrava de uma cena engraçada do filme e nós ríamos feito bobas! Foi um passeio divertido e enriquecedor!


Repara no crachazinho! Sempre penduradinho que é pra não sumir da mamãe e do papai!



O bicho pegou mesmo quando ela bateu o pé que queria ver o tubarão-baleia. Quem disse que a gente conseguia achar o tal Oceanário? Meu Deeeeeeus! Foi uma luta! Pede informação aqui, anda pra lá, vira, passa dentro da lojinha, sobe escada, desce elevador e, depois de um bom tempo, finalmente, chegamos lá! O lugar aparece muito rapidamente no filme "Uma Noite no Museu", mas o suficiente pra despertar o interesse da Juju. Aquele bicho imenso que fica pendurado no teto deve ter mais de 30 metros de comprimento. E ali a iluminação também é fantástica. As crianças adoram!

O tempo passou rápido demais lá dentro. Quando assustamos já eram, sei lá... três ou quatro da tarde. Dentro do museu o ar condicionado incomodava, de tão forte. Mas era necessário. Lá fora o calor estava demais. E aí fica a dica: mesmo se for visitar NY no verão, leva um casaquinho, tá? Na rua faz calor mesmo... mas dentro de lojas, de museus e até do metrô o frio incomoda um pouquinho. Então mesmo que seja um casaco levinho, tenha sempre um na bolsa.

Mortos de fome e dispostos a comer qualquer coisa, atendemos aos apelos das meninas e descemos para a 42. Elas ficavam cantando: "Mac! Mac! Mac!" e lá fomos nós pro Mc Donalds. Depois do "almoço", quisemos apresentar Juju pro point mais point de Nova York. De repente, lá estávamos nós na Times Square. O olhar da minha filha praquele cenário me fez arrepiar. A bichinha não piscava os olhos! Ficava vidrada nos personagens que se multiplicam ali a cada dia. Imagino na Disney, como vai ser! Se aquelas figurras horrorosas já fizeram com que ela suspirasse, já pensou quando vir as princesas, a Minnie "de verdade"? Mamãe pira só de pensar!

 


Barriguinha cheia, voltamos para o Central Park porque o plano era ir ao zoológico. Mas já eram 4:30pm e o zoo fechava às 5h. Preferimos deixar para outro dia. Entramos no parque e passeamos sem pressa. Fizemos uma brincadeira com as meninas. "Quem achar um esquilo primeiro ganha um sorvete". As duas não demoraram a ver o bichinho saltitante (impressão minha ou no verão eles ficam mais alegrinhos? rs). Aí começou a luta. Cadê sorvete? Custaaaaaaaaaamos a achar uma barraquinha. E então o papai falou: "Agora, quem achar o sorvete ganha um esquilo". Aquilo foi motivo de risada pra mais de hora pras meninas. Toda hora elas lembravam e se dobravam de rir.

Finalmente, sorvetes na mão, fomos nos sentar no Sheep Meadow para descansar um pouquinho as pernas e apreciar um pouco da calmaria que é possível encontrar ali em meio à fervente Manhattan. O lugar é lindo e deve estar no roteiro de todo mundo! Eu super recomendo!!!

Como não tínhamos nem pressa e nem planos muito definidos para o resto do dia, fomos passear mais um pouco no parque. Julia e Naya se revezavam no carrinho. Uma tentando empurrar a outra! Uma piada!

Passamos pelo Victorian Gardens e conseguimos evitar uma ida aos brinquedos. Deixamos as meninas brincarem durante algum tempo no East 72nd Street Playground. Tiramos muitas fotos e, enquanto elas se acabavam nos brinquedos, mamãe conseguiu dar uma relaxada. Sentei à sombra de uma árvore e fiquei... olhando o sorriso no rosto da minha filha, aquela paisagem linda, aquele lugar mágico... a única coisa possível de fazer naquele momento era agradecer a Deus por aquela oportunidade! Só a gente sabe o quando é preciso ralar pra realizar um sonho desse. Só a gente sabe das coisas que temos que abrir mão no dia a dia pra conseguir viver uma experiência como aquela. Pra mim, que não nasci em berço de ouro e aprendi desde cedo a batalhar pelo meu, estar novamente em NY com a minha família era mesmo um presente!




Rodrigo ligou e perguntou se queríamos ir pra casa. Querer, eu não queria não... por mim virava a noite na rua! rs Mas acontece que estávamos com uma criança de cinco anos de idade. Assim sendo, era preciso resguardá-la. Aceitamos de bom grado a carona de volta ao Brooklyn. Fomos andando até o Columbus Circle, onde ele estava almoçando com Eleninha.


Voltamos de carro para o Brooklyn, descendo pela margem do Hudson River. Um visual lindo demais! Ainda tínhamos tempo até anoitecer (no verão anoitece perto das 8 da noite!) então fomos apreciando a vista. Passamos pelo Financial District e vimos a Liberty Tower já em fase final de obras. Pegamos a Brooklyn Bridge e Julia se animou ao reconhecer a ponte. Quando chegamos, marido foi testar o baixo semi-acústico de 1964 que tinha comprado pela internet e mandado pra casa do Rodrigo.

As crianças e seus brinquedos!
E as outras crianças, que não se desgrudavam!

Os dois ligaram os instrumentos e ficaram fazendo um som enquanto as meninas brincavam. Eleninha e eu fomos às compras. Tínhamos combinado um churrasco. Voltamos ao Cherry Hill, passamos numa Duane Reade e, por fim, numa casa de vinhos pra escolher um Tempranillo.


Dormimos relativamente tarde. Estávamos exaustos, mas extremamente felizes. Precisávamos descansar porque a sexta-feira seria longa!!!

 Estas fotos são algumas que eu tinha no Facebook, e não as da minha câmera. Depois volto e reedito, com outras fotos legais. O post ficou enorme, mas espero que tenha valido a pena pra quem lê. Pra mim, nem preciso falar, né? Relembrar tudo é reviver cada minuto da viagem! Bom demais da conta!!!

Beijos e até breve!

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