segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Diário de Bordo NY: Dia 3

15 de novembro.  Mais um dia pra pular cedo da cama, mas não tão cedo quanto no interior. A programação também já estava mais ou menos definida. Depois de termos visto a Times Square no primeiro dia, o World Trade Center no segundo, no terceiro não podia começar de outro jeito, senão no Central Park! Mas como o parque é muito, mas muuuuuito maior do que qualquer turista imagina e eu não tinha estudado ele direito como gostaria, decidimos começar por um pedaço que a gente ansiava bastante conhecer: Strawberry Fields.

Para tanto, pegamos a linha "3" do metrô sentido Uptown (pegamos o metrô, como de praxe, na nossa vizinha Penn Station) e já descemos na estação da 72nd St entre a 10th e a 11th Aves. Quando voltamos à superfície já avistamos, na esquina, o Dakota Building e, em frente a ele, o parque mais famoso do mundo. Como sempre (imagino eu) havia uma concentração de pessoas tirando fotos na calçada onde John Lennon foi morto e em frente ao prédio onde o ex-Beatle viveu. Nós, é claro, não fugimos à regra.


Depois de muitas fotos, atravessamos a rua e entramos no Central Park. Já na trilha que leva a Strawberry Fields. Olha, confesso que rolou uma nostalgiazinha ao pisar nesse lugar. Eu fui criada ouvindo Beatles e eles têm um lugarzinho especial na minha vida, na minha história. Então, se você também tem, e for um cadiquim emotivo que seja, leva um lencinho, tá? #ficaadica Desta vez não vimos, mas já ouvi falar que vira e mexe aparecem músicos para tocar músicas de Lennon e dos Beatles em SF.



O frio, naquela manhã, estava de doer os ossos! Por outro lado, o vento fazia as folhas caírem e o Central Park ficava mais lindo ainda. Que lugar encantador! Pegamos uma via que ia margeando Central Park West porque sabíamos que a gente não ia conseguir segurar a onda do frio por muito tempo. Vimos paisagens maravilhosas, que renderam muitas fotos. Nova York, no outono, é mesmo de encher os olhos!




Agora, com as cores do outono...


Não parece uma pintura de Monet?

Subimos, então, até a 81st St e fomos nos refugiar do frio dentro do American Museum of Natural History, um dos mais famosos e visitados de Nova York e do mundo.


Abre parêntese: Nós não tínhamos ainda comprado ingressos, mas eu sabia que lá a gente teria duas opções: a primeira era comprar o NY City Pass ali mesmo e já ficar com os tickets garantidos para outras tantas atrações que a gente queria ver. A segunda era entrar na onda do "qué pagá quanto?", já que o museu tem o esquema do "suggested admission" (eles dão um preço sugerido para a entrada, mas você paga quanto quiser ou puder). Optamos pelo passe, que além do Museu de História Natural também inclui entradas para: Metropolitan Museum of Art (Met) + The Cloisters, Empire State Building Observatory, MoMA (Museum of Modern Art), Top of The Rock ou Guggehein Museum e Liberty Island + Ellis Island ou Circle Line Cruise. Cada passe saiu por U$69,00 e nós achamos que valeu muuuuuito a pena!  Fecha parêntese.


Bem, a gente pode começar dizendo que este é aquele museu do filme "Uma noite no Museu". O museu é muito grande e, como o próprio nome diz, conta a história do homem, dos seres que habitam (ou habitavam) a Terra, da formação do nosso planeta e até mesmo do espaço. A gigantesca ossada de um dinossauro, logo na entrada, já dava ideia de quão impressionante era aquele lugar.


Nós, para começar, passamos pela ala onde ficam os dioramas dos mamíferos africanos. Muito impressionante! Pela foto dá pra ver que as montagens e as representações parecem reais.


Depois, tínhanos hora para uma exibição do "Journey to the Stars" no antigo Hayden Planetaruim, hoje chamado de Rose Centre for Earth and Space, uma gigantesco espaço que demandou 6 anos de trabalho e US$210 milhões para ficar pronto. Pense numa experiência extasiante!!!! O lance é o seguinte: você entra em uma espécie de cinema 3D, cuja tela fica no teto redondo. O "cinema" é, na verade, um simulador de realidade virtual. Dentro dele, a gente consegue viajar pelo espaço para explorar colisões cósicas e outros "espetáculos" que deram origem à nossa galáxia e ao nosso planeta. O filme é narrado por Woopi Goldberg e é realmente muito emocionante! Eu, que não me ligo muito no assunto, fiquei bastante impressionada! Meu marido, que adora ler, ver e estudar sobre "os segredos" do universo saiu  de lá entusiasmadíssimo!


Abaixo, uma provinha do vídeo. Vale lembrar que, sem a experiência 3D, ele não é naaaaaada!


Depois dessa "viagem", mergulhamos no universo jurássico. Eu não sou lá muito fã de dinossauros, mas adorei ver os fósseis enooooooooormes que estão expostos no museu. Saí de lá quase uma Ross Geller! E o mais legal disso tudo foi poder aproveitar o excelente sinal de wi-fi do museu e fazer uma chamada de Skype pra minha filhota. Assim ela pôde ver tuuuuuuudo ao vivo. Imagina a excitação da criança!


O Museu funciona diariamente das 10h às 17h45, mas não abre no Dia de Ação de Graça e nem no Natal. A entrada principal é na Central Park West, na altura da 79th St. Uma visita que, sem dúvida, vale muito a pena!

Depois dessa verdadeira maratona, paramos para fazer um lanchinho como verdadeiros new-yorkers! Sacamos alguns muffins e croissants da mochila, compramos duas cocas-zero e almoçamos ali, nas escadarias do museu.

Dali, pegamos o trem C sentido downtown e saltamos na estação da 6th Avenue com 4thW St, bem pertinho do Washington Square Park para conhecer o bairro do Village, onde havíamos planejado jantar. O arco da Washington Square é a principal referência da praça. É bom começar o passeio por ali. Fica bem no início da 5ª Avenida. A praça, construída em 1826 tornou-se um agradável ponto de encontro dos nova-yorkinos. Também é reduto de estudantes da NYU (New York University).


Dali, pegamos a 8th St sentido leste, ziguezagueamos um pouco pelas ruas do bairro  e descemos mais uma vez a Broadway Ave. atrás de algumas lojas. Passamos pela Urban Outfitters onde meu marido comprou umas camisas de malha muito descoladas por 22 dólares e eu umas bugingangas bem fúteis (como um pen drive em forma de cabeça de Mickey !!!!!!!!!), pela Best Buy onde compramos HDs externos e mais bugingangas de escritório (como bloquinhos de post-it de todas as cores do arco-íris), e por umas lojas bem legais que eu não lembro o nome onde compramos Ray-ban por menos de 100 dólares, camisas femininas lindas de viver por menos de 15 e pashiminas por menos de 10...  Ufa!!!!
Voltamos para o lado leste da ilha, passeamos mais um pouco pelo Soho (ruas Spring e Canal). O charme do bairro está na sua arquitetura: nos prédios grudados uns nos outros e naquelas famosas escadas de incêndio, que estão por toda parte. Reduto de artistas que reivindicavam o direito de viver em Manhattan na década de 60, o bairro foi, com o passar do tempo, se tornando inviável financeiramente para eles e invadido por lojas de grife e restaurantes badalados. Fomos caminhando por ali até voltarmos para a minha adorada Bleecker St, onde havíamos planejado jantar.

 
O restaurante que escolhemos foi um cuja especialidade é um prato que nós amamos! O "Risotteria" fica no número 270 da Bleecker Street, entre a 6th e a 7th avenidas. O lugar é um cubículo, super apertadinho, do tipo sentou, pediu, comeu, pagou e tchau! Você pode pedir um vinho e tomar em pé, no balcão, enquanto espera uma das 5 ou 6 mesas vagarem, ou ter direito a um banco para comer no próprio balcão se ele vagar primeiro. It´s up to you! Eu digo que a espera vale a pena, mesmo você estando com as perninhas cansadas de tanto andar. Nós escolhemos um vinho e antes de terminarmos a primeira taça, a mesa já estava pronta nos aguardando. Pedimos nossos pratos e eles vieram muito mais rápido do que gostaríamos... A comida estava deliciosa, Eu pedi um risoto com "shrimp (with garlic), roasted peppers and spinach. A conta toda, com a merecida tip, saiu por uns 80 dólares. (Conta que, a propósito, a gente nem precisou pedir. Como eu disse, o restaurante é pequeno e logo que você acaba de comer, a garçonete pergunta se você quer sobremesa e, em caso de negativa, a conta aparece em cima da sua mesa. heheheeh)

Saímos do restaurante e fomos subindo, sentido Teather District, pela 6ª avenida. Conhecemos uma região muito charmosa de Manhattan, com belas lojas de grifes pra nós desconhecidas, alguns pubs e um bom movmento. Quanto já estávamos cansados de tanto andar, voltamos de metrô até a Times Square. Era véspera do meu aniversário e nós já estávamos no clima. De repente avistamos o BB King Blues Club & Grill.



Eu já tinha ouvido falar do lugar, que toda noite tem bandas bacanas fazendo um som, então decidimos conferir. Chegando à porta, soubemos que o grande show da noite já havia terminado, mas que no Lucilles´s Bar & Grill tinha uma banda de blues tocando. Então decidimos entrar! Outra deliciosa surpresa! Nos sentamos no balcão, marido pediu um Jack Daniels, eu pedi um Cosmopolitan e ficamos ali, curtindo aquele lugar, a música e os nossos drinks até o sono começar a falar mais alto. Dali formos direto para o hotel.. ansiosos pelo que ainda teríamos pela frente! E o dia do meu aniversário é assunto pra outro post!

See you!

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